14 de dezembro de 2024
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Eleições na Argentina: Eleitores votam neste domingo

Cerca de 35,3 milhões de eleitores argentinos estão aptos a votar; confira quais são os cargos em disputa

 

Neste domingo (22), cerca de 35,3 milhões de argentinos estão aptos a votar nas eleições, em que o país sul-americano deve escolher o novo presidente do país. Além do chefe do executivo, os eleitores devem escolher os novos senadores, deputados e autoridades locais, em algumas províncias. As eleições gerais ocorrem em meio a uma aguda crise econômica.

O voto é obrigatório entre os 18 e os 70 anos, embora a multa prevista para quem não cumprir a obrigação seja baixa. Entre os 16 e os 18 anos de idade e acima dos 70 anos, o voto é opcional. Nas eleições primárias realizadas em agosto, quando foram escolhidos os candidatos da corrida presidencial, a abstenção ficou em 30,4%, por exemplo, um recorde.

Para vencer já no primeiro turno, neste domingo (22), algum dos candidatos à Presidência precisa receber 45% dos votos válidos – excluindo brancos e nulos – ou 40% desses votos e registrar uma vantagem de 10 pontos percentuais sobre o segundo colocado. Caso contrário, é convocado um segundo turno com os dois primeiros. Essa segunda rodada, se ocorrer, está marcada para 19 de novembro. 

  

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Candidatos 

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Três candidatos dominaram o cenário durante a campanha. O líder na maioria das pesquisas é o economista Javier Milei, da coalizão conservadora La Libertad Avanza, com pouco mais de 30% das intenções de voto, em geral.

Autodenominado “anarcocapitalista”, Milei costuma se expressar com bastante estridência e se coloca como representante de um liberalismo extremo. Entre suas propostas estão a redução drástica de subsídios e do aparato estatal. Num discurso com idas e vindas, ele já propôs, por exemplo, o fechamento do Banco Central, a saída do Mercosul a dolarização da economia, medida vista como inviável por economistas menos radicais.

Ele passou a ganhar notoriedade ao começar a dar uma série de entrevistas polêmicas e se elegeu deputado em 2021, após ter anunciado que concorreria à Presidência em 2023. Nas primárias, foi o candidato mais votado, com cerca de 30% dos votos.

Em segundo nas primárias, com 28%, e logo atrás nas pesquisas, vem o atual ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa, do partido peronista União pela Pátria. Trata-se de um político experiente, advogado, que conquistou as primárias de seu partido depois da terceira tentativa. Ele já foi também presidente da Câmara dos Deputados.

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Curiosamente, Massa não ficou identificado como responsável pela crise atual na Argentina, apesar de ter assumido a pasta da Economia há um ano, já diante de um descontrole cambial.

Do lado conservador está Patricia Bullrich, da coalizão Juntos pela Mudança. Ex-ministra da Segurança do governo Macri (2015-2019), a cientista política e jornalista é nascida em Buenos Aires e proveniente de uma aristocrática família argentina, com ligações centenárias no comércio de gado.

Envolvida na política desde a adolescência, ela se apresenta como uma liberal linha dura, calcada na palavra “ordem”, tendo sido convertida após um passado ligado à Juventude Peronista. 

Parlamento e províncias 

Nas eleições gerais deste domingo será renovada também metade da Câmara dos Deputados, ou o equivalente a 130 cadeiras. No Senado, serão escolhidos 24 senadores, um terço do total.

No caso das províncias, quatro terão eleições simultâneas para os executivos locais – Buenos Aires, Catamarca, Santa Cruz e Entre Ríos. A Ciudad Autónoma de Buenos Aires também escolherá seus novos governantes.

Outras 17 províncias já realizaram eleições neste ano, e duas – Santiago Del Estero e Corrientes – elegeram suas autoridades em 2021.
 

 

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Anthony Teixeira
É jornalista e Analista de Mídias Digitais Jr. do Grupo EP. Tem experiência com reportagens multimídia e produção de web documentário. É formado em jornalismo pela Universidade Federal do Pampa (Unipampa) e tem afinidade com produção e edição de conteúdo para as redes sociais. Está no grupo desde 2022.
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