Uma pesquisa da Unifal (Universidade Federal de Alfenas) traçou um diagnóstico da identidade sul-mineira com base nas características culturais, sociais, econômicas e políticas, bem como a influência das regiões metropolitanas mais próximas, como São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. A divulgação dos primeiros resultados para a comunidade ocorreu nesta segunda-feira (6).
“A identidade sul-mineira: diagnóstico cultural, social, político e econômico do Sul de Minas Gerais” contou com coleta de dados em 1.320 entrevistas com moradores em 20 municípios da região realizadas entre maio e junho de 2022. A pesquisa possui nível de confiança de 95%.
Participaram da divulgação representantes da universidade e o coordenador do projeto, professor Marcelo Rodrigues Conceição, o reitor, professor. Sandro Amadeu Cerveira; a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Profa. Vanessa Bergamin Boralli Marques, e a assessora parlamentar e representante do deputado federal Odair Cunha, Fernanda Scanavachi. O deputado federal Odair Cunha participou da apresentação no formato on-line, que encaminhou R$ 300 mil de emenda para o projeto.
Os dados apontam que, para os moradores do Sul de Minas, a região é uma das melhores para se viver com qualidade; as pessoas não se identificam como vulneráveis; é a região mais rica do estado e conserva bem suas paisagens naturais, e onde os serviços públicos são bem avaliados.
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Resultados parciais
Com 162 municípios, o Sul de Minas conta com 2.955.460 habitantes, o que representa 13,4% do total da população do estado de Minas Gerais. Na região, 82% da população é urbana e 18% rural.
O tamanho das cidades varia entre aqueles com até 5 mil habitantes e aqueles que chegam até 200 mil habitantes, sendo que a maioria, totalizando 79 municípios, encontra-se na faixa de até 10 mil habitantes. Os municípios que têm entre 50 e 200 mil habitantes somam 12, na região.
Entre as informações levantadas estão a composição familiar; trabalho, renda, consumo, poupança; religião, valores e expectativas de futuro; opinião pública, comportamento político e mídias sociais; violência, tolerância e direitos humanos, educação e saúde.
Em relação à economia, a pesquisa mostra que o setor de Comércio e Serviços é o que mais movimenta o PIB (Produto Interno Bruto ) do Sul de Minas, com 4,6% de todos os bens e serviços. Na sequência vem a Indústria, com 18,6%; os Impostos, com 14,4%; a Administração Pública, com 14,3% e a Agropecuária, com 8%.
De acordo com a pesquisa, 44,8% dos moradores nasceram no município onde residem e 28,4% estão há mais de 20 anos no mesmo município. O principal fluxo migratório vem dos municípios da região intermediária de Varginha (28,1%), de São Paulo (25,8%), da região intermediária de Pouso Alegre (22,9%) e de outras regiões do estado de Minas (12,1%).
Os motivos para permanecer na região estão relacionados com a possibilidade de estar próximo à família e com a oportunidade de trabalho, sendo o trabalho o principal fator motivador da migração para a zona urbana.
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