11 de dezembro de 2024
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Tudo Saúde

Aspirina e AAS são a mesma coisa? Confira novas recomendações

Análise sugere que medicamento pode não ser indicado para pessoas que não têm histórico de problemas cardíacos ou sinais de alerta de derrame

Isento de prescrição, é possível comprá-lo nas farmácias sem receita médica. No entanto, uma análise de dados, publicada na revista médica JAMA, mostra que um ensaio clínico com idosos saudáveis encontrou taxas mais altas de sangramento cerebral entre aqueles que tomam pequenas doses de aspirina diariamente.

Com isso, o estudo aponta que a aspirina em baixa dose pode não ser indicada para pessoas que não têm histórico de problemas cardíacos ou sinais de alerta de derrame. Já aquelas mais velhas propensas a quedas, que podem causar hemorragias cerebrais, devem tomar o medicamento com cautela.

A Força-Tarefa de Serviços Preventivos dos EUA já tinha dado uma recomendação parecida no final do ano passado, de que o medicamento não deve ser prescrito para prevenir um primeiro infarto ou derrame em idosos saudáveis.

Além disso, o colégio americano de cardiologia também divulgou uma nota de acompanhamento, reforçando que a recomendação de quem não deve tomar aspirina “não se aplica a pacientes com histórico anterior de ataque cardíaco, derrame, cirurgia de ponte de safena ou procedimento recente de stent”. 

 

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O ESTUDO

A análise desenvolvida se baseou nos dados do ASPREE (Aspirina na Redução de Eventos em Idosos), estudo de controle aleatório de aspirina diária em baixa dose entre habitantes da Austrália e nos Estados Unidos. Participaram 19 mil adultos com mais de 70 anos de idade, sem qualquer doença vascular sintomática.

Com os dados coletados, o objetivo principal era abordar sobre a dificuldade enfrentada pelos médicos para prevenir coágulos e sangramentos em pacientes idosos. A justificativa principal era que a estabilidade entre riscos e benefícios da aspirina pode mudar conforme as pessoas envelhecem.

O estudo acompanhou, durante cinco anos, 9.525 pessoas escolhidas aleatoriamente para tomar doses diárias de 100 miligramas de aspirina e 9.589 pessoas para tomar pílulas de placebo correspondentes.

Como principal conclusão, o medicamento diminuiu a ocorrência de acidente vascular cerebral isquêmico, ou um coágulo em um vaso que fornece sangue ao cérebro, mesmo que de forma não significativa. Por outro lado, houve um aumento significativo, de 38%, de sangramento intracraniano entre as pessoas que tomaram aspirina diariamente em comparação com aquelas que tomaram uma pílula de placebo diariamente.

 

 

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Vitória Silva
Repórter no ACidade ON Campinas. Formada em Jornalismo pela Unesp, tem passagem pelos portais Tudo EP e DCI, experiência em gravação e edição de vídeos, produção sonora e redação de textos, com maior afinidade com temas que envolvem cultura e comportamento.
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