20 de maio de 2024
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Tudo Saúde

Aumento em casos de sarampo acende alerta da OMS

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), em 2023 foram mais de 300 mil casos da doença, um aumento de 79% em relação ao ano anterior

Brasil era considerado livre do sarampo até 2018 (Foto: Freepik)

O número de casos de sarampo no mundo aumentou 79% em 2023, em comparação com o ano anterior. Foram mais de 300 mil casos, acendendo o alerta da OMS (Organização Mundial da Saúde). Segundo a conselheira técnica responsável da entidade, Natasha Crowcroft, outra preocupação é que os casos subnotificados são subestimados.

A conselheira também alertou sobre o número de mortes. Os dados ainda não estão fechados, mas estima-se que ele seguirá o aumento registrado em 2022, quando 130 pessoas perderam a vida para a doença, 43% a mais do que no ano anterior.

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Países afetados

O número de países afetados também saltou de 32 para 51, segundo Natasha, e a avaliação feita é preocupante. Estes aumentos de casos, entretanto, não contemplam as Américas, ainda assim, a expectativa da organização é que haja casos e surtos: “Eles estão aguentando firme, mas, com o aumento de casos em cinco das seis regiões monitoradas pela OMS, esperamos que haja casos e surtos nas Américas também”.

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Olhando para 2024 como um ano de desafios, Natasha sinaliza os casos e as mortes das crianças não vacinadas e, portanto, mais vulneráveis ao sarampo. A OMS calcula que mais da metade dos países do mundo serão classificados como em alto ou altíssimo risco para surtos da doença até o final de 2024.

Crianças e vacinação

A OMS estima que 142 milhões de crianças no mundo estejam vulneráveis ao sarampo por não terem sido vacinadas, sendo que 62% delas vivem em países de baixa e média renda, onde o risco de surtos da doença são maiores.

Natasha lembrou que, durante a pandemia de covid-19, muitas crianças não foram imunizadas contra o sarampo. Atualmente, a cobertura vacinal global contra a doença está em 83% o que, segundo ela, não é suficiente, uma vez que a doença é altamente contagiosa. “Precisamos de uma cobertura de 95% para prevenir que casos de sarampo aconteçam ”, reforçou.

Brasil

Em 2016, o Brasil chegou a receber o certificado de eliminação do sarampo, concedida pela OMS. Em 2018, entretanto, o vírus voltou a circular no país e, em 2019, após um ano de franca circulação do sarampo, o país perdeu a certificação de país livre do vírus. Confira o número de casos entre 2018 e 2022:

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  • 2018 – 9.325 casos
  • 2019 – 20.901 casos
  • 2020 – 8.100 casos
  • 2021 – 676 casos
  • 2022 – 44 casos

Em 2022, os seguintes estados confirmaram casos da doença:

  • Rio de Janeiro
  • Pará
  • São Paulo
  • Amapá, onde o último caso foi confirmado no país, em junho de 2022

A doença

O sarampo é classificado por autoridades sanitárias como uma doença infecciosa grave e que pode levar à morte. A transmissão acontece quando a pessoa infectada tosse, fala, espirra ou respira próximo de outras pessoas.

Os principais sinais do sarampo são:

  • Manchas vermelhas no corpo
  • Febre alta (acima de 38,5°)

Esses sintomas costumam ser acompanhados de um ou mais dos seguintes sinais:

  • Tosse seca
  • Irritação nos olhos (conjuntivite)
  • Nariz escorrendo ou entupido
  • Mal-estar intenso

Após o aparecimento das manchas, a persistência da febre é um sinal de alerta e pode indicar gravidade, principalmente em crianças menores de 5 anos. A maneira mais efetiva de evitar o sarampo, de acordo com o Ministério da Saúde, é por meio da vacinação. Atualmente, três tipos de imunizantes previnem a doença:

  • Vacina dupla viral, que protege contra o sarampo e a rubéola e pode ser utilizada para o bloqueio vacinal em situação de surto
  • Vacina tríplice viral, que o protege contra o sarampo, a caxumba e a rubéola
  • Vacina tetra viral, que protege contra o sarampo, a caxumba, a rubéola e a varicela (catapora).

*Com informações da Agência Brasil
**Sob supervisão de Marcos Andrade

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Janaína Boaventura
Estagiária no Tudo EP e nA Cidade ON, é graduanda em Estudos Literários pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Adentrou no Grupo EP em 2024 e atua nos conteúdos digitais, enfaticamente com a parte textual.
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