O Brasil enfrenta mais uma epidemia de dengue em 2024. O Ministério da Saúde já confirmou mais de um milhão de casos da doença, apenas nos primeiros meses do ano. Uma das maneiras de se proteger é usar repelente de mosquitos.
Mesmo com a intensificação de vendas do produto, com o aumento de casos, dados da consultoria de consumo Kantar apontam que, no último ano, apenas cerca de 10% da população brasileira comprou repelentes. (leia mais abaixo)
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Cuidados redobrados
A dengue e as arboviroses em geral podem desencadear quadros mais graves em determinadas populações. Por isso, o Ministério da Saúde ressalta a necessidade de atenção especial a pessoas com doenças crônicas, como hipertensão, assim como aquelas a partir dos 65 anos. Nos idosos, além da propensão a desenvolver complicações por dengue, a infecção por chikungunya, igualmente transmitida pelo Aedes aegypti, é outra fonte de preocupação, uma vez que a doença por vezes compromete as articulações, piorando dores relacionadas à artrite e artrose. Em quem tem diabete, por sua vez, as picadas por si sós tendem a provocar coceiras e gerar infecções na pele.
A boa notícia é que os repelentes à base de icaridina, seja em creme, gel ou spray, não têm contraindicação para nenhum desses grupos. “O importante é se certificar de espalhar em toda a área exposta, porque o produto atua exatamente no local em que foi aplicado”, orienta Letícia Rocha. “Tem muita gente que passa nas pernas, por exemplo, e deixa os pés desprotegidos. E é justamente ali que os mosquitos atacam”, completa.
Proteção de gestantes e crianças
As grávidas, de acordo com a Febrasgo (Federação Brasileira de Ginecologia Obstetrícia), estão mais suscetíveis a apresentar desfechos desfavoráveis de infecção por dengue. E mais: ainda segundo a entidade, o odor e a elevação da temperatura corporal próprios da gestação atraem mais as picadas, aumentando a importância do uso de repelentes.
“As mulheres podem passar em qualquer fase da gravidez. Lembrando que o Aedes aegypti transmite também o vírus da zika, capaz de causar alterações neurológicas importantes no bebê”, destaca a dermatologista.
Outra fonte de dúvida constante é sobre como proteger crianças, sobretudo nas atividades ao ar livre. Afinal, pode usar repelente nos pequenos? “Hoje já existe fórmula para bebês a partir dos 3 meses”, responde Letícia Rocha. “Outra opção é o repelente em forma de lenços umedecidos, que pode facilitar a aplicação”, diz Letícia.
Seja qual for o escolhido, é importante que um adulto se encarregue de passar na pele da criança, evitando a região dos olhos e da boca – e também as mãos, que os pequenininhos levam à boca a toda hora.
Na hora do parquinho, não precisa se preocupar porque a exposição ao sol não causa nenhum problema. É só usar o protetor solar e, por cima dele, o repelente. Tem de seguir essa ordem, do contrário se inviabiliza o efeito da icaridina. O aviso vale, claro, para todas as idades.
*Com informações de Agência Estado
**Sob supervisão de Marcos Andrade
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