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Brasil e MundoVídeos mostram pânico após ataque em ônibus de Piracicaba

Vídeos mostram pânico após ataque em ônibus de Piracicaba

Imagens são de câmeras do Centro de Piracicaba; Polícia Civil pede prisão preventiva e crê em surto do assassino

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Imagens mostram o ônibus parando durante o ataque com faca em Piracicaba (Foto: Reprodução/EPTV Campinas)
Imagens mostram o ônibus parando durante o ataque com faca em Piracicaba (Foto: Reprodução/EPTV Campinas)

 

Câmeras instaladas no Centro de Piracicaba flagraram os momentos de pânico vividos por passageiros e pedestres após o ataque com faca que matou três pessoas e feriu outras três em um ônibus do transporte público municipal.

O crime aconteceu ontem (21) em um coletivo que liga a região central ao bairro Vila Sônia. Hoje (22), o autor do ataque, José Antônio de Santana Filho, de 52 anos, teve a prisão em flagrante convertida em preventiva.

Nos vídeos, é possível ver o momento em que o veículo estaciona em um ponto de parada na Avenida Armando Salles de Oliveira. Outras imagens mostram o desespero e a correria de pessoas que presenciaram as facadas dentro do ônibus.

Logo depois, é possível ver a chegada das equipes da PM (Polícia Militar) e também a movimentação dos profissionais de resgate. As vítimas receberam atendimento na calçada antes de serem levadas a hospitais (assista abaixo).

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AS VÍTIMAS

Duas mulheres e um homem esfaqueados morreram no local. Veja quem são:

– Adriana Coelho da Silva, 42 anos

– Roseli Ramalho Ferreira, 55 anos

– Valdemar da Silva Venâncio, 68 anos

Outras três pessoas foram socorridas para unidades de saúde. Destas, duas foram internadas, sendo que uma permanece em estado grave. Uma quarta pessoa precisou de atendimento após ter uma crise nervosa durante o ataque.

Os dois internados, segundo o HFC (Hospital dos Fornecedores de Cana), passaram por cirurgia. O paciente com o quadro mais crítico está na UTI (Unidade de Terapia Intensiva). O outro está na enfermaria em estado estável.

O CRIME

Segundo o relato de testemunhas, o homem embarcou no Terminal Central. Pouco depois, se levantou em silêncio com o ônibus em movimento e começou a esfaquear os passageiros aleatoriamente. Ao todo, seis foram atingidos.

“Ele sentou no fundo. Ninguém viu que entrou com a faca. Aí começou a dar facada. Na primeira todo mundo viu e a gritou pra abrir a porta. Ele foi andando pelo ônibus e dando facada”, diz uma mulher que não quis se identificar.

Após ouvir os gritos e os alertas dos ocupantes, o motorista conseguiu parar o ônibus. O veículo foi esvaziado rapidamente depois que as portas foram abertas. Uma viatura que estava parada em um cruzamento próximo percebeu a gritaria.

A PRISÃO

A Polícia Militar cercou o ônibus e negociou a rendição do assassino. “Corremos até a entrada traseira e conseguimos ver um indivíduo com uma faca. Ele estava bem agressivo e começou a jogar objetos em mim”, diz a PM Priscila Lourenço.

Ela complementa o relato e diz que insistiu até a chegada de uma viatura do Baep (Batalhão de Ações Especiais de Polícia). “Chamava ‘venha, venha’. Apontando a faca, batia no vidro. Deu para ver que a faca era grande”, afirma.

“Conseguimos verbalizar, tentar fazer com que ele largasse a faca. Insistimos. Nesse momento chegou uma viatura do Baep para apoio. Momento em que ele decidiu jogar a faca para o fundo do ônibus”, detalhou a policial militar. 

No ataque, três pessoas foram mortas e outras três ficaram feridas (Foto: Reprodução/ Redes Sociais)
No ataque, três pessoas foram mortas e outras três ficaram feridas (Foto: Reprodução/ Redes Sociais)

INVESTIGAÇÃO

Para a Polícia Civil, a hipótese mais forte é de que ele teve um surto, já que os policiais militares responsáveis pela prisão afirmaram que a fala dele era desconexa e impedia que qualquer tipo de comunicação normal acontecesse.

De acordo com a delegada da Deic (Divisão Especializada em Investigações Criminais), Juliana Ricci, o homem já tinha passagens pela polícia. Além disso, a principal suspeita é que os ataques foram cometidos sem qualquer motivação.

“O que a gente tem de informação, não tinha nenhuma motivação pra ter feito o que fez e o pronto atendimento da Polícia Militar minimizou os danos, porque sem uma intervenção pronta, com certeza teria feito mais vítimas”, afirma.

Ricci também alegou que ele não tinha qualquer vínculo com as vítimas. “Elas foram escolhidas de forma aleatória. E as informações que nós temos é que ele reside sozinho. Não temos informações com relação à família dele”, completa. 

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Leandro Las Casas
Leandro Las Casas
Graduado pela PUC-Campinas desde 2011, atua há 14 anos no Jornalismo, área na qual cobriu sete eleições, participou de grandes coberturas e esteve a frente de podcasts e projetos de assessoria. Começou a carreira na rádio CBN Campinas, onde foi estagiário, repórter e apresentador. No acidade on Campinas, assina matérias e reportagens de todas as editorias desde 2021.
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