A Região Metropolitana de Campinas foi incluída na lista para receber a vacina contra a dengue. O Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira (27) que vai ampliar a distribuição do imunizante para mais 154 municípios, incluindo cidades da RMC (saiba mais abaixo).
Porém, o Ministério explicou que essas doses distribuídas não serão tiradas dos estados que já receberam a vacina, e sim que os próprios estados serão responsáveis pela distribuição e vão remanejar os imunizantes dentro de uma nova lista de municípios.
Após ter ficado de fora da lista de cidades que iriam receber o imunizante na primeira etapa, a Prefeitura de Campinas reivindicou uma revisão da seleção. O prefeito Dário Saadi (Republicanos) chegou a ir à Brasília, na semana passada, para conversar com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, para incluir a cidade na lista dos municípios que poderiam receber novas remessas da dose, devido ao número de casos e as quatro mortes. Durante a visita, a ministra prometeu que faria uma revisão e atualização dessa lista e poderia incluir Campinas.
Campinas decretou situação de emergência pública em saúde, por conta da dengue, em 7 de março. Desde 1º de janeiro a cidade já registrou 30.864 casos e quatro mortes, e projeções indicam que a cidade deve registrar o pico da epidemia no mês de abril.
Região de Campinas vai receber vacina contra dengue
Na primeira etapa, 521 cidades, de 16 estados e o Distrito Federal, foram selecionadas para aplicar a vacina contra a dengue. Na ocasião, o ministério determinou como critério de seleção que fossem incluídas as cidades com mais de 100 mil habitantes e os municípios vizinhos com casos de dengue tipo 2.
No estado de São Paulo, apenas a região do Alto Tietê recebeu doses, mas a aplicação ficou abaixo da expectativa. Segundo o Ministério da Saúde, 1.235.119 doses já foram distribuídas aos estados e DF desde o início da vacinação. Deste quantitativo, 534.631 foram registradas e 700.488 não foram. Além disso, 668 mil doses estão próximas do vencimento, previsto para 30 de abril.
Agora, com o novo anúncio da pasta, a Região Metropolitana de Campinas está entre os 154 municípios que vão receber a vacina contra a dengue que serão redistribuídas pelos Estados.
A RMC é formada por 20 municípios do interior paulista: Americana, Artur Nogueira, Campinas, Cosmópolis, Engenheiro Coelho, Holambra, Hortolândia, Indaiatuba, Itatiba, Jaguariúna, Monte Mor, Morungaba, Nova Odessa, Paulínia, Pedreira, Santa Bárbara D’Oeste, Santo Antônio de Posse, Sumaré, Valinhos e Vinhedo.
“A quantidade total de vacinas no Brasil ainda é pequena, mas é uma arma na luta contra a dengue. A decisão contempla a nossa reivindicação feita desde fevereiro, é muito positiva para Campinas e outros 153 municípios incluídos na lista. O apoio do governo federal é muito importante para enfrentamento à epidemia”, disse o prefeito Dário Saadi.
Quando as doses do imunizante vão chegar?
O Ministério da Saúde ainda não sabe determinar exatamente quando as doses chegarão nessas novas cidades, já que isso depende da logística, mas a expectativa é que a vacinação possa começar na semana que vem. Segundo a Prefeitura de Campinas, as doses serão direcionadas para crianças de 10 a 14 anos.
A nota técnica que vai definir quantas doses cada município irá receber e quando elas vão ficar disponíveis será divulgada ainda hoje.
Novos municípios selecionados
Essas novas cidades que entraram para a lista de distribuição estão localizados em 11 Regiões de Saúde que são formadas por municípios fronteiriços que compartilham redes de comunicação e infraestrutura de transportes. A finalidade dessas regiões é integrar a organização, o planejamento e a execução de ações e serviços de saúde.
Veja a lista das Regiões de Saúde, que ficam em seis estados, onde haverá a redistribuição de vacina contra a dengue para contemplar mais municípios:
- Central (ES);
- Betim (MG);
- Uberaba (MG);
- Uberlândia/Araguari (MG);
- Recife (PE);
- Apucarana (PR);
- Grande Florianópolis (SP);
- Aquífero Guarani (SP);
- Região Metropolitana de Campinas (SP);
- São José do Rio Preto (SP);
- São Paulo (SP).
A EPTV Campinas questionou a Secretaria Estadual de Saúde sobre a determinação, e aguarda retorno.
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