A pedagoga Letícia Maehara contou que teve o interfone e um aparelho usado para transformar a TV em um monitor com internet danificados com as constantes quedas de energia. Segundo ela, problema começou em janeiro deste ano. "Tem se agravado bastante e todo dia tem queda de energia ao menos uma vez no bairro", disse.
Letícia contou que instalou estabilizadores de tensão na casa. Para não ter mais prejuízos, passou a deixar o equipamento que faz a limpeza da água da piscina desligado.
A bióloga Fernanda Karstedt, presidente da Associação dos Moradores do Jardim Embaré, disse que várias pessoas reclamam da situação e que as oscilações de tensão da rede elétrica são constantes. Ela mesma já teve problemas em casa: a fiação do relógio de luz está derretendo, o motor do portão eletrônico queimou e o sistema de alarme apresentou problemas. Ela também instalou estabilizadores de energia em alguns equipamentos da casa.
A bióloga exigiu da concessionária de energia uma análise do nível de tensão da casa dela. O relatório comprovou nível de 7,64%, sendo que o limite aceitável é de 3% . "Depois de três tentativas, o acompanhamento de fornecimento de energia na minha casa, de 168 horas, comprovou que o fornecimento é classificado como inadequado", disse. Ela pediu o ressarcimento de todo o prejuízo que teve, mas até agora não conseguiu.
O gerente de operações da CPFL em São Carlos, André Marques, confirmou que o problema no bairro não é a falta de energia, mas a variação de tensão, o que também pode queimar os aparelhos. Marques afirmou que a concessionária vai resolver a situação em até 45 dias. "Serão instalados conjuntos de reguladores de tensão na rede de distribuição. Enquanto isso, o bairro vai ficar pela fonte principal, que não temos problemas de nível de tensão", disse.