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PolíticaMP denuncia parlamentar que disse que "colocaria cabresto" em boca de deputada

MP denuncia parlamentar que disse que “colocaria cabresto” em boca de deputada

Procuradoria Eleitoral afirmou que Wellington de Souza Moura humilhou colega por “menosprezo e discriminação à sua condição de mulher”

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O deputado Wellington de Souza Moura foi denunciado pelo Ministério Público. (Foto: Divulgação/Alesp)
O deputado Wellington de Souza Moura foi denunciado pelo Ministério Público. (Foto: Divulgação/Alesp)

O deputado estadual Wellington de Souza Moura (Republicanos) foi denunciado pelo Ministério Público Eleitoral (MP Eleitoral) por crime de violência de gênero. O parlamentar tem prerrogativa de foro e foi denunciado diretamente ao Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP).

Segundo o MP Eleitoral, a conduta apontada como criminosa ocorreu no dia 18 de maio, durante sessão extraordinária da Assembleia Legislativa. Deputado, conforme denúncia, fazendo uso do microfone “assediou, constrangeu e humilhou, com palavras, a também deputada estadual Mônica Cristina Seixas Bonfim, em razão de menosprezo e discriminação à sua condição de mulher, com a finalidade de impedir e dificultar o desempenho de seu mandato eletivo”.

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Na ocasião, Wellington Moura afirmou, dirigindo-se à deputada, que “sempre colocaria um cabresto em sua boca” quando ele estivesse presidindo a sessão e que faria isto “em todas as vezes que fosse presidente”. 
 
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O crime de violência política de gênero foi estabelecido no Código Eleitoral pela Lei nº 14.192/2021 e esta é a primeira denúncia feita pela Procuradoria Regional Eleitoral de São Paulo, feita ao TRE-SP, em razão do cometimento desse crime. Conforme defende a procuradora regional eleitoral de São Paulo, Paula Bajer, em sua denúncia, “é inarredável a persecução penal de crime de violência política de gênero praticada por meio de palavras e expressões por parlamentar contra mulher detentora de mandato eletivo”.

O relator do processo no Tribunal já determinou a notificação do deputado para resposta prévia. A pena prevista para o crime é de um a quatro anos de reclusão, mais multa. 
 
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Bruno Moraes
Bruno Moraeshttps://www.acidadeon.com/saocarlos/
Bruno Moraes é repórter do acidade on desde 2020, onde faz a cobertura política e econômica. É autor do livro “Jornalismo em Tempos de Ditadura”, pela Paco Editorial.
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