A soja fechou o mês de julho em alta. O grão encerrou sendo cotado a R$149,50 por saca, e 7,8% acima do valor praticado no final do mês anterior, de acordo com dados do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) da USP (Universidade de São Paulo).
A elevação dos preços internos pode ser explicada por uma disputa entre compradores domésticos e internacionais pela soja brasileira, na última semana. Segundo o levantamento, a indústria nacional demonstrou “maior necessidade de matéria-prima para recebimento no mercado spot”, que abrange basicamente operações na bolsa de mercadorias.
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Esse cenário se deve à demanda doméstica pelos derivados e às expectativas de crescimento na procura externa, reflexo dos conflitos entre a Rússia e a Ucrânia (o que pode redirecionar importadores de óleo de soja para o Brasil) e da menor oferta na Argentina.
Por outro lado, os sojicultores brasileiros estão retraídos nas vendas que envolvam grandes volumes. Uma parte dos produtores mostrou preferência por guardar o que sobrou da safra 2022/23 em silos-bolsa (tecnologia de armazenamento de grãos), em vez de comercializar no mercado spot. No entanto, de acordo com o Cepea, esse tipo de armazenamento não é comum para a soja, já que pode elevar a umidade do grão.
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