14 de dezembro de 2024
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EP Agro

Escola de Samba do Rio de Janeiro teve o caju como estrela neste Carnaval

Fruta brasileira foi escolhida como enredo da Mocidade Independente de Padre Miguel, que se apresentou nesta segunda-feira (12)

Enredo também trouxe inovações da ciência brasileira

Quem disse que agro e carnaval não se misturam? Com um enredo poético e focado em recuperar nossas brasilidades, a escola de samba carioca Mocidade Independente de Padre Miguel teve o caju como estrela do seu samba-enredo

Com o enredo que diz “Pede caju que dou… Pé de caju que dá” não só a história e a tradição dessa fruta estavam no desfile, mas também inovações da ciência brasileira. Clones de mudas de cajueiros, algo que parece ficção científica, cruzaram a avenida com os foliões. O desfile aconteceu na noite desta segunda-feira (12), na Marquês de Sapucaí

Embrapa ajudou no enredo

Em julho de 2023, a Embrapa, que tem em Fortaleza (CE) o centro que desenvolve toda a pesquisa com o caju, entrou em contato com a escola de samba para falar não só sobre as características da fruta, como sobre toda a tecnologia que sua produção envolve.

“A cajucultura hoje demanda tecnologia, demanda sistemas produtivos avançados. Então, a gente tem que unir as características da fruta com a tecnologia que o agro brasileiro demanda”, explicou Saavedra. A partir daí, a Embrapa Agroindústrria Tropical passou a trabalhar junto com a Mocidade, dando informações técnicas, “até para eles construir o samba, o enredo, os carros alegóricos. Foram muitas conversas”.

Na reta final, foi plantado um cajueiro na Cidade do Samba, em área reservada para a Mocidade pela Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa). Para o carro alegórico da escola, que fala do caju e da tecnologia de produção, a Embrapa doou 500 mudas de cajueiros anões, também chamadas clones. “A tecnologia Embrapa estará na Marquês de Sapucaí. Os clones são as variedades”.

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Cada clone demora, em média, 30 anos para se desenvolver completamente. “Porque a gente tem que buscar, na natureza, as variedades mais adaptadas, fazer cruzamentos e, a partir disso testar as características não só  de produção, mas industriais e sensoriais do produto. Por isso é que demora muito”.

Uma vez feito isso, o processo de multiplicação do caju é por clonagem. A partir do conjunto de plantas base, são feitas cópias. “Cada cultivar de caju é cópia de um conjunto de plantas que está lá na nossa estação experimental. Todas têm a mesma característica de produção”, observou o chefe-geral.

As mudas foram doadas à Mocidade Independente de Padre Miguel em troca de uma ação social. Após o carnaval, a escola se comprometeu a realizar um trabalho também de doação para a comunidade, para as pessoas plantarem os cajueiros nos seus próprios quintais ou em parques.

Com informações da Agência Brasil

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editor
Assistente de Mídias Digitais no ACidade ON Campinas. Graduanda em Jornalismo pela PUC-Campinas, tem passagem pelos portais Tudo EP e Jornal de Valinhos. Adentrou no Grupo EP em 2023 e atua nos conteúdos digitais, enfaticamente com a parte textual.
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