20 de maio de 2024
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EP Agro

Pesquisadores da USP pretendem criar energia através do setor sucroalcooleiro; entenda

Estudo coordenado pela faculdade busca estimar o potencial que o setor apresenta para a produção de hidrogênio no país

Pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) analisam o potencial que o setor sucroalcooleiro, ramo da agroindústria que se responsabiliza pela produção de todos os derivados da cana-de-açúcar, apresenta na produção de hidrogênio do país, com o objetivo de produzir um combustível sustentável para o mercado de aviação. 

Nessa análise, os pesquisadores vão estudar todas as usinas de etanol no Brasil para observar e calcular a quantidade de H2 produzida nas indústrias. No total, o país possui 358 de cana-de-açúcar e 21 de milho, segundo números atualizados em dezembro de 2022. 

A pesquisa envolve cientistas do GBio (Grupo de Pesquisa em Bioenergia) do IEE-USP (Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo) e do RCGI (Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa), um centro de pesquisa em engenharia constituído por FAPESP e Shell na escola politécnica. 

“O hidrogênio tem aparecido cada vez mais como vetor energético importante para a descarbonização de diferentes setores, incluindo o da aviação. O mais divulgado atualmente é o hidrogênio produzido a partir da eletrólise da água usando energia solar ou eólica, mas há também as rotas desenvolvidas a partir da biomassa, que são bastante competitivas”, afirma a engenheira química Suani Teixeira Coelho, professora do Programa de Pós-Graduação em Energia da USP e coordenadora do projeto.  

 

 

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POSSÍVEIS CONCLUSÕES 

A pesquisa pode ser concluída em diferentes cenários, abrangendo a demanda por etanol pelo transporte rodoviário e incluindo na análise o etanol de segunda geração (2G), considerado ainda mais sustentável que o de primeira geração por ser produzido a partir do bagaço de cana. 

“Sempre que se usa um resíduo de biomassa, como o bagaço da cana, para gerar energia, se tem um sistema mais sustentável. Primeiro, porque se dá um destino adequado a esse resíduo. E, segundo, porque não há necessidade de expansão da área de plantio. É um conceito que se enquadra no que chamamos de bioeconomia circular.” esclarece Suani. 

Apesar do andamento satisfatório da pesquisa, por enquanto, a tecnologia de transformar hidrogênio em combustível de aviação existe apenas em nível de laboratório. Mas, apesar disso, pesquisadores acompanham de perto os avanços da pesquisa, por considerar que o uso de hidrogênio direto ou como percursor de outros combustíveis sustentáveis pode sim ser uma alternativa para o combustível utilizado atualmente no ramo da aviação. 

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Vitória Silva
Repórter no ACidade ON Campinas. Formada em Jornalismo pela Unesp, tem passagem pelos portais Tudo EP e DCI, experiência em gravação e edição de vídeos, produção sonora e redação de textos, com maior afinidade com temas que envolvem cultura e comportamento.
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