O açúcar impulsionou o aumento dos preços globais de alimentos no mês de abril. Os dados são da FAO (Organização as Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) e registram a primeira elevação em um ano. O derivado da cana atingiu o maior valor para o mês de abril desde 2011.
O índice acompanha uma cesta de alimentos básicos e registrou alta de 0,6% em relação a março, atingindo os 127,2 pontos. Apesar do aumento em relação ao mês anterior, se comparado com abril de 2022, o índice está 19,7% menor. Na ocasião, os preços dispararam depois da invasão da Ucrânia pela Rússia.
LEIA MAIS
Novas cultivares de amendoim são lançadas na Agrishow
Governo federal relança Conselhão e acena ao agronegócio
Em relação ao açúcar, o índice atingiu 149,4 pontos, alta de 17,6% em comparação com março. O aumento se deve às informações sobe as safras ruins na Índia, Tailândia e Europa, além de um início lento no Brasil, diz o relatório da FAO.
As proteínas também registraram aumento de preço, 1,3%, chegando aos 114,5 pontos. Os problemas de produção de aves e a maior demanda asiática por carne suína foram os responsáveis pela alta.
OUTRAS CATEGORIAS
As outras categorias de produtos registraram nova queda. Os cereais apresentaram redução de 1,7%, chegando aos 136,1 pontos. As exportações de trigo russo e australiano, que aumentaram, pressionaram os preços enquanto as fortes colheitas na América do Sul empurraram os preços do milho para baixo.
“Dito isso, há preocupações com o arroz na Ásia, onde os preços subiram em abril. O aumento dos preços do arroz é extremamente preocupante e é essencial que a iniciativa do Mar Negro seja renovada para evitar outros picos de trigo e milho”, disse a FAO.
Os preços médios dos óleos vegetais apresentaram queda pelo quinto mês consecutivo, recuando 1,3% em abril, chegando aos 130 pontos. Os preços dos laticínios caíram 1,7%, para 124,6 pontos.
LEIA TAMBÉM