Nos últimos dias, o El Niño se intensificou por conta do maior aquecimento das águas do Oceano Pacífico Equatorial e as anomalias de temperatura da superfície do mar. De acordo com a MetSul, esse aquecimento oceânico faz com que o fenômeno se aproxime do patamar de um Super El Niño.
O El Niño pode ser classificado nas seguintes categorias:
– Fraco: quando as anomalias de temperatura estão entre +0,5ºC e +0,9ºC no Pacífico Equatorial Centro-Leste;
– Moderado: quando estão entre +1ºC e +1,4ºC;
– Forte: entre +1,5º e +2,0ºC;
– Muito forte: acima de +2ºC.
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O serviço meteorológico explica que não existe uma definição técnica para um Super El Niño, mas a comunidade científica que se dedica a estudar o fenômeno ENOS (El Niño Oscilação Sul) se divide entre quem entende que o dessa categoria se dê com anomalias acima de +2,0ºC, e outros sustentam ser +2,5ºC.
No caso da própria MetSul Meteorologia, o entendimento é de que é necessário ao menos um trimestre em que a média da anomalia da temperatura da superfície do mar fique acima de 2ºC. “Assim, não basta que uma ou duas semanas tenham anomalia de +2ºC, mas é preciso uma média de ao menos um trimestre”, afirma.
Dessa forma, com base no índice ONI (Oceanic Niño Index), que é a referência para análise trimestral das condições do Pacífico com base nas anomalias da região Niño 3.4, a última vez em que houve um Super El Niño foi em 2015-2016.
ATÉ QUANDO VAI DURAR O EL NIÑO?
De acordo com a última atualização divulgada pela OMM (Organização Meteorológica Mundial) nesta quarta-feira (8), o fenômeno climático El Niño deve durar pelo menos até abril de 2024. Segundo a agência da ONU, o fenômeno caracterizado pelo aquecimento das águas do Oceano Pacífico se desenvolveu rapidamente em 2023 e pode atingir seu pico no primeiro semestre do ano que vem.
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