Quando chegou, em 1981, o Volkswagen Voyage virou o carro do desejo. O sedã do Gol com apenas com duas portas (em uma época na qual nem os táxis eram quatro portas), tinha duas opções de acabamento, S e LS, e motorização 1,5 litro que poderia ser a álcool ou gasolina. Câmbio manual, era de quatro velocidades mais a ré.
Ainda proibidas as importações, o modelo chegou a ganhar o apelido de “a BMW brasileira”, em alusão ao espetacular 2002i. O sucesso do modelo foi tanto que chegou a ser exportado para 58 países, inclusive, os Estados Unidos, onde era vendido como Fox. Depois de muitos anos, em 1996 deixou de ser produzido e retomou a sua missão de sucesso em 2008.
Obviamente muito melhor e mais seguro que o primeiro modelo, apesar de não ser mais tão aclamado, o Voyage continua surpreendendo.
Com a chegada do Polo Track, tanto o Gol como o Voyage vão ser descontinuados no próximo ano. Por isso, depois de várias gerações, decidimos reavaliar o modelo. E não deu outra. A mistura das lembranças da época do seu lançamento e o atual, bem mais moderno, foi emocionante.
A grata surpresa, mesmo com o design envelhecido, mas ainda agradável: o Voyage encantou pelo bom espaço interno, porta-malas, conforto e desempenho compatível. Só elogios? Claro que não. O acabamento interior é simples e com muito uso de plásticos.
O Voyage acomoda bem quatro passageiros, mas cinco não têm a menor chance. O porta-malas comporta 480 litros, mas as hastes da tampa do mesmo, conhecidas vulgarmente de “pescoço de ganso”, tomam muito espaço e podem destruir os objetos do compartimento.
Econômico
Andando, o comportamento dinâmico do modelo da marca alemã é muito bom e confiável. A suspensão, que colabora com o conforto absorvendo bem as irregularidades e deixa o carro silencioso mesmo em pisos irregulares, também garante boa estabilidade. Só no limite é que sai de frente. Os freios, apesar de terem discos somente na frente, são eficientes.
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O destaque desta versão é o competente motor de 3 cilindros, 12 válvulas e um litro, todo produzido em alumínio, que oferece ao motorista 75 cavalos e 9,75 kgfm de torque quando abastecido com gasolina e 82 cavalos e 10,4 kgfm com etanol. Ele é muito mais “forte” que o antigo motor 1,6 litro.
O câmbio de cinco marchas foi alongado, melhorando o consumo de combustível. Numa média entre cidade e estrada com etanol, o modelo fez 10,9 quilômetros por litro e 15,1 quilômetros por litro. Isso torna o Voyage um dos modelos mais econômicos em sua categoria.
Acelerando, o sedã faz de 0 a 100 km/h em 12,6 segundos e atinge a velocidade máxima de 174 km/h.