Há poucos lugares no mundo onde o atletismo é tão arraigado na cultura, como no Quênia. Lá, o esporte olímpico número um não é o futebol, mas sim a corrida, que tem a capacidade de lotar estádios até mesmo para eventos de grupos etários.
Embora muitos países tenham crianças correndo para chegar à escola, no Quênia, a corrida tem um significado especial. Geoffrey Kamworor, tricampeão mundial de meia maratona e duas vezes campeão da Maratona de Nova York, descreve isso como algo intrínseco ao estilo de vida desde a infância.
“Correr é parte de quem somos, algo que fazemos desde pequenos”, diz Kamworor. “Lembro-me de correr os três quilômetros de ida e volta da escola todos os dias, sem perceber que, como adolescente, acabava percorrendo até 12 quilômetros diários.”
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Além de ser um meio de locomoção, há um amor genuíno pela corrida entre os quenianos. Kamworor relembra sua infância, quando assistia entusiasmado às competições de atletismo, vendo os corredores cruzarem a linha de chegada e erguerem troféus.
“Isso despertou minha paixão pela corrida”, acrescenta. “No ensino médio, representar minha turma e ganhar uma taça era motivo de orgulho. A corrida não era apenas uma atividade, mas algo empolgante e inspirador.”
Essa integração da corrida na vida diária distingue o Quênia de muitas outras nações, sendo apenas uma das razões pelas quais é conhecido como a “casa dos campeões”.
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