9 de maio de 2024
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Barroso chama criminalização do aborto de “má política pública”

Presidente do STF aponta Estado como responsável por impedir a ocorrência desta “coisa indesejável”; entenda

ministro barroso fala em microfone
Ministro acredita que o debate ainda não está amadurecido no país (Foto: Agência Brasil)

O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Luís Roberto Barroso, criticou a criminalização do aborto na abertura da sessão do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) desta terça-feira (5). Segundo ele, esse posicionamento era uma “má política pública”.

Mesmo que o aborto seja um ato indesejável, segundo o ministro, o papel do estado seria agir para impedir que ele ocorra, na medida do possível, “dando educação sexual, dando contraceptivos, amparando a mulher que deseje ter o filho”, e não a colocando na prisão após viver este infortúnio. Concluiu ainda que a medida “não serve para absolutamente nada, é uma má política pública”.

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Declaração

A fala de Barroso na sessão que ele mesmo presidia, foi para registrar avanços e faltas na conquista de direitos das mulheres, diante do Dia Internacional da Mulher, celebrado na próxima sexta-feira (8).

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O presidente do STF acrescentou que é possível ser contra o aborto, mas sem que isso signifique prender as mulheres “que passam por esse infortúnio”. Somou a isso ser necessário avançar na conquista de direitos sexuais e reprodutivos das mulheres, e que isso deve ser feito “na velocidade máxima possível”.

O ministro também é responsável por montar a agenda de julgamentos no Supremo e, em dezembro, disse que não deve pautar o julgamento sobre aborto no curto prazo pois o debate sobre a questão ainda não está amadurecido no país para poder ser retomado pela Corte.

Em setembro do ano passado, a então presidente do Supremo, ministra Rosa Weber, pautou a ação sobre o assunto e votou, poucos dias antes de se aposentar, a favor de descriminalização até a 12ª semana de gestação.

O julgamento, que ocorria no plenário virtual, foi então interrompido por um pedido de destaque (remessa ao plenário físico) feito pelo próprio Barroso, que assumiu a presidência do Supremo em seguida.

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*Com informações de Agência Brasil

**Sob supervisão de Marcos Andrade

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Janaína Boaventura
Estagiária no Tudo EP e nA Cidade ON, é graduanda em Estudos Literários pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Adentrou no Grupo EP em 2024 e atua nos conteúdos digitais, enfaticamente com a parte textual.
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