O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes, conclui, nesta quarta-feira (24), que “Não há elementos concretos que indiquem efetivamente que o investigado pretendia a obtenção de asilo diplomático para evadir-se do país e, consequentemente, prejudicar a investigação criminal em andamento”.
A estadia aconteceu em Brasília, no mês de fevereiro deste ano, e foi divulgada pelo jornal The New York Times. Após avaliação do caso, Moraes entendeu que o ex-presidente não violou a medida cautelar imposta para que ele não saia do país.
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Medidas
Apesar de ter argumentado quanto a essa situação, o ministro manteve a apreensão do passaporte de Bolsonaro. Assim, ele continua proibido de sair do país. Essas determinações foram feitas porque o ex-presidente se tornou alvo de uma busca e apreensão durante a Operação Tempus Veritatis (leia mais aqui).
“A situação fática permanece inalterada, não havendo necessidade de alteração nas medidas cautelares já determinadas”, escreveu Moraes.
Hospedagem
A estadia de Bolsonaro na embaixada aconteceu entre 12 e 14 de fevereiro, durante o feriado de carnaval, segundo as imagens divulgadas pelo jornal The New York Times. O jornal retirou e analisou das câmeras de segurança do local e imagens de satélite.
As imagens mostram que a embaixada estava praticamente vazia, exceto por alguns diplomatas húngaros que moram no local. Segundo a reportagem, no dia 14 de fevereiro os diplomatas húngaros contataram os funcionários brasileiros, que deveriam retornar ao trabalho no dia seguinte, dando a orientação para que ficassem em casa pelo resto da semana.
Bolsonaro é aliado do primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, que esteve na posse do ex-presidente em 2018. Em 2022, Bolsonaro visitou Budapeste, capital húngara, e foi recebido por Orbán. Ambos trocam constantes elogios públicos.
*Com informações de Agência Brasil
**Sob supervisão de Marcos Andrade
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