15 de dezembro de 2024
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PF faz buscas no Rio e em SP para apurar esquema de corrupção que ‘usava’ FGV

Ofensiva apura um esquema de corrupção, fraudes a licitações, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.

PF cumpre mandados na FGV. (Foto: Divulgação/PF)
PF cumpre mandados na FGV. (Foto: Divulgação/PF)

A PF (Polícia Federal) deflagrou, nesta quinta-feira (17), a Operação Sofisma, que apura um esquema de corrupção, fraudes a licitações, evasão de divisas e lavagem de dinheiro envolvendo a FGV (Fundação Getúlio Vargas). São cumpridos 29 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro e em São Paulo. A investigação mira uma suposta organização criminosa que “se utilizava de instituição de ensino e pesquisa de renome nacional”, no caso, a FGV. Batizada Sofisma, a ofensiva apura um esquema de corrupção, fraudes a licitações, evasão de divisas e lavagem de dinheiro. 

O nome da Operação, de acordo com a PF, se refere à figura grega dos Sofistas, “filósofos que, através da argumentação, transvestiam de veracidade informações que sabiam ser falsas, com a intenção de manipular a população”, afirmou a corporação.

A etapa ostensiva do inquérito foi aberta pelo juízo da 3ª Vara Criminal Federal do Rio de Janeiro, que ainda deferiu ordens de sequestro e cautelares restritivas.

Cerca de cem policiais participam das diligências, cumprindo 26 mandados na capital fluminense e três na capital paulista.

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Segundo a Polícia Federal, as investigações tiveram início em 2019, após informações de que a FGV “era utilizada por órgãos federais e por vários outros órgãos estaduais para fabricar pareceres”. Os investigadores apontam que tais documentos “mascaravam o desvio de finalidade de diversos contratos que resultaram em pagamento de propinas” – “funcionando como um verdadeiro ‘biombo legal'”.

“Apurou-se que a entidade superfaturava contratos realizados por dispensa de licitação e era utilizada para fraudar processos licitatórios, encobrindo a contratação direta ilícita de empresas indicadas por agentes públicos, de empresas de fachada criadas por seus executivos e fornecendo, mediante pagamento de propina, vantagem a empresas que concorriam em licitações coordenadas por ela”, afirmou a PF em nota.

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A corporação informou ainda que, para ‘lavar’ o dinheiro, executivos sob suspeita não só usavam empresas de fachada nacionais como titularizavam offshores em paraísos fiscais como Suíça, Ilhas Virgens e Bahamas, o que indica possíveis evasão de divisas e ilícitos fiscais.

OUTRO LADO 

A reportagem entrou em contato com a instituição. O espaço está aberto para manifestações. (Com informações da Agência Estado)

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Marcos André Andrade
Marcos André Andrade é formado em jornalismo pela Unesp e pós-graduado em Gestão da Comunicação em Mídias Digitais pelo Senac. No Grupo EP desde 2022, é editor do Tudo EP e foi repórter do acidade on Campinas. Tem passagens pela Band Campinas, Rádio Bandeirantes de Campinas e Rádio Band News de Campinas, onde desempenhou as funções de âncora, editor, produtor e repórter.
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