26 de julho de 2024
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Urnas eletrônicas: PF e universidade testam equipamento para as eleições

Etapa consiste na última testagem antes das eleições municipais marcadas para outubro; entenda como funciona

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Processo deve ir até sexta-feira (Foto: Agência Brasil)

Como parte do processo de garantia de segurança nas eleições, acontecem os testes de segurança nas urnas eletrônicas. Investigadores da PF (Polícia Federal) e UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) trabalharão, nesta quarta-feira (15), para realizar os últimos testes antes das eleições municipais de outubro.

O processo contará ainda com equipes responsáveis por testes de confirmação, que ocorrerão na sede do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) até sexta-feira (17). Nesta etapa, as pessoas verificam se falhas encontradas no ano passado foram corrigidas efetivamente.

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Falhas

Segundo o relatório do TPS (Teste Público de Segurança), os ataques realizados no ano passado não conseguiram fragilizar a integridade ou o sigilo do voto, mas encontraram possíveis falhas, por exemplo, na inicialização da urna, com a ocorrência de uma mensagem de erro não prevista.

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Outra falha imprevista foi encontrada pela PF no procedimento de carga da urna, quando são inseridas as informações sobre os candidatos e o eleitorado, por exemplo. A equipe formada por um professor e três alunos da UFMS encontrou ainda duas falhas envolvendo o controle e privilégios de acesso de aplicações executadas na urna

“As nossas equipes técnicas se debruçaram sobre esses achados, melhoraram esses temas e aqui, neste teste de confirmação, apresentamos os dois códigos-fonte, o que tínhamos antes e as melhorias que foram feitas”, explicou o secretário de Tecnologia da Informação do TSE, Julio Valente. 

O diretor-geral do TSE, Rogério Galloro, descreveu o TPS como “fundamental para o sistema eleitoral, pois possibilita essa transparência e essa evolução constante”. Cada achado dos investigadores “se transforma em evolução”, completou. 

Entenda o TPS

O chamado TPS faz parte de cada ciclo eleitoral. Em anos não eleitorais, é aberto um edital para que qualquer interessado se inscreva a fim de examinar os códigos-fonte e realizar ataques com o objetivo de encontrar vulnerabilidades no sistema eletrônico de votação

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No atual ciclo eleitoral, o TPS foi realizado entre 27 de novembro e 2 de dezembro do ano passado, quando 33 investigadores, incluindo seis investigadoras, executaram 35 planos de ataques contra as urnas, após ter acesso ao código-fonte de todos os sistemas de votação. 

Na ocasião, uma comissão avaliadora selecionou cinco inconsistências encontradas que deveriam ser trabalhadas pelo TSE para serem reexaminadas  no teste iniciado agora.

O que será testado?

Durante o teste de confirmação, serão executados os firmwares (programas de controle do hardware) e as mídias dos modelos 2022 e 2020 da urna eletrônica.

Serão testados:

  • Gerenciador de dados, aplicativos e interface com a urna eletrônica;
  • Software de carga;
  • Software de votação;
  • Sistema de apuração;
  • Kit JE-connect; entre outros.

Também participam dos testes de confirmação sete pesquisadores do Larc (Laboratório de Arquitetura e Redes de Computadores) da Poli-USP (Escola Politécnica da Universidade de São Paulo). “Os acadêmicos darão suporte às investigadoras e aos investigadores durante a execução dos planos de reteste”, informou o TSE. 

*Com informações de Agência Brasil

**Sob supervisão de Larissa de Morais

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Janaína Boaventura, com supervisão da redação
Estagiária no Tudo EP e no ACidade ON, é graduanda em Estudos Literários pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Adentrou no Grupo EP em 2024 e atua nos conteúdos digitais, enfaticamente com a parte textual.
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