Para muitas pessoas, uma noite de sono interrompida, em que se acorda repetidamente sem sequer perceber, é uma prática rotineira. Essa condição é causada pela apneia do sono, que pode parecer inofensiva à primeira vista, mas tem um impacto significativo na qualidade de vida das pessoas, afetando sua energia, concentração e bem-estar geral.
Mas você sabe por que esse problema é causado? A jornalista Helen Sacconi conversou com o especialista em medicina do sono, Geraldo Lorenzi Filho, para entender mais sobre como esse distúrbio pode afetar a rotina das pessoas.
O que é a apneia do sono?
A apneia do sono é uma condição caracterizada por pausas temporárias na respiração durante o sono. Essas pausas, conhecidas como apneias, ocorrem quando as vias aéreas superiores ficam bloqueadas ou colapsam, impedindo o fluxo de ar para os pulmões.
O médico explicou que, como a garganta é estreita e ao dormir se relaxa a musculatura, há um deslocamento posterior da mandíbula e, portanto, obstrução da garganta.
Essa interrupção na respiração pode durar de alguns segundos a mais de um minuto. Para acabar, é preciso que a pessoa desperte e, então, a musculatura da garganta volte à força que mantém a garganta aberta.
Quais os sintomas da apneia do sono?
- Ronco;
- Sonolência excessiva diurna;
- Despertar ofegante ou com sensação de sufocamento;
- Dor ou desconforto no peito;
- Dor de cabeça matinal;
- Boca seca ou dor de garganta ao acordar de manhã;
- Dificuldade de concentração e raciocínio;
- Irritabilidade.
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Todo mundo que ronca tem apneia do sono?
O ronco é um sinal de apneia, mas, de acordo com Geraldo, nem todas as pessoas que roncam sofrem do distúrbio do sono.
Alterações anatômicas (como amígdalas grandes e céu da boca estreito), obesidade, doenças alérgicas, dormir de barriga para baixo, beber e fumar, por exemplo, podem dificultar a passagem do ar e provocar o ronco.
Como tratar a apneia do sono?
A solução depende da causa e da gravidade do quadro. “Muitas vezes, medidas como perda de peso e orientações para dormir de lado são suficientes para evitar a apneia leve. Em alguns casos, são necessárias medidas como o uso de aparelhos na boca ou de máscaras que facilitam a respiração durante o sono, como o equipamento CPAP”, disse o especialista. Para diagnosticar a condição, é preciso fazer o exame de polissonografia.
Porém, Geraldo alerta que, se você apresenta sintomas da apneia, não deixe de procurar um especialista. “Muitas pessoas acham que estão estressadas e na verdade estão com apneia do sono”.
Assista a entrevista completa abaixo:
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