



Além do modelo básico, o Voyage tem a opção dos pacotes que complementam o "conforto". Mas encarece o modelo. O testado era completo, o que inclui faróis auxiliares; travas elétricas; um útil computador de bordo; sensores de estacionamento traseiros; central multimídia com Apple CarPlay e Android Auto; e volante com regulagem.
Como itens de segurança, o Voyage tem o exigido por lei: dois air bags, cinto de três pontos e apoio de cabeça para todos os passageiros e o Isofix.
Andando
O modelo é muito equilibrado e transmite confiança para quem o dirige. A suspensão muito bem trabalhada garante conforto e um bom nível de silêncio interno, levando em conta a proposta do modelo. Mas é melhor que muito carro de nível superior que tem no mercado. A estabilidade é boa. No limite, sai de frente um pouco, típico de carros com motor dianteiro, mas de fácil correção. Os freios são adequados ao modelo e passam tranquilidade. Mesmo em pisos molhados.
O modelo testado tinha motor 1,6 litro, 16 válvulas, potência de 120 cavalos com etanol e torque de 16,5 Nm. O conjunto com o câmbio automático de seis velocidades é bom. As respostas na troca de marchas são rápidas e precisas. É sem dúvida, uma outra boa surpresa. A Volkswagen sempre foi muito competente e se destaca nos conjuntos de motor x transmissão.

E mais: as marchas podem ser trocadas nas borboletas atrás do volante, o que mais uma vez, muito carro de nível superior não tem nem como opcional. Se bem que muitos motoristas desse modelo vão vender o carro muitos anos depois sem nunca ter usado o benefício. Segundo a fabricante, a velocidade máxima é de 190 quilômetros por hora.
Mas vamos ao que mais agradou na avaliação: o consumo. Com gasolina, na estrada, o modelo chegou a fazer médias superiores a 16 quilômetros por litro a 100 quilômetros por hora. Mas a média na estrada foi de 14,9 quilômetros por litro. Já na cidade, a média foi de 11,7 quilômetros por litro. Nossa média: 13,3 quilômetros por litro numa média de cidade/estrada.

O que pode atrapalhar a carreira do Voyage é o preço. O modelo completo custa mais de 76 mil reais, enquanto o Virtus, bem mais moderno e espaçoso, custa no modelo de entrada 81 mil reais. À vista isso faz diferença, mas parcelado, diluído nas prestações, não.