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BairrosCambuí: uma selva de prédios e histórias no coração de Campinas

Cambuí: uma selva de prédios e histórias no coração de Campinas

Bairro do Cambuí é tão antiga quanto a própria cidade e concentra histórias extraordinárias; Conheça momentos emblemáticos

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Prédios, prédios e mais prédios. O bairro do Cambuí, na área central de Campinas, é uma região que conta com muitas reputações: é um dos pedaços de terra com o metro quadrado mais caro da metrópole; é um território tão antigo quanto a própria cidade. “Para entender o Cambuí, precisamos fazer um recorte: ‘você quer entender o Cambuí popular ou o Cambuí que está na legislação?’”, questiona o historiador da Prefeitura Municipal Américo Villa. 

A complexidade do bairro perpassa por diversos momentos da própria história de Campinas – uma coisa, na verdade, está entrelaçada na outra. Para o jornalista e estudioso Gilberto Gatti, o bairro, hoje considerado nobre e influente, já foi, na verdade, uma região periférica.

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“Ele era uma região boêmia. Durante boa parte do século XIX, a região serviu de moradia para a população marginalizada de Campinas, como ex-escravos e prostitutas, que viviam em cortiços e espaços desvalorizados”,

explica.

Na segunda metade do século 19, a região foi tomada por chácaras de produtores de hortaliças e não demorou para aparecer, na atual Avenida Júlio de Mesquita, os palacetes da elite campineira. “Houve uma valorização da região e, durante a década de 60, do século XX, houve uma nova movimentação”. Villela explica que a elite passou a se movimentar também em direção ao bairro Nova Campinas. Sobre os antigos cortiços, o estudioso explica que, conforme a classe alta se apropriou do espaço, a população mais pobre foi afastada.

TRANSFORMAÇÕES NO CAMBUÍ

Prédios no bairro do Cambuí, em Campinas (Foto: Tudo EP)

Roberto estava em um mercado próximo à Praça Imprensa Fluminense. Ele é morador desde a década de 60 e afirma que, desde aquela época, muita coisa mudou no bairro. “Já ouvi dizer que aqui tinha plantação de cana. Quando criança, eu jogava bola descalço na rua São Pedro, virando à lotérica”, diz. Roberto também tem lembranças de um cortiço próximo à Praça Imprensa Fluminense.

“Na esquina, tinha um cortiço. Tinha um ‘montão’ de famílias ali, mas tinha mais na Ferreira Penteado. Na década de 60, já estava acabando, já”,

diz.

No Largo de Santa Cruz, hoje Praça 15 de Novembro, um lugar localizado na Rua Santa Cruz, Campinas vislumbrou diversos episódios da história. Esse é um dos mais antigos lugares da metrópole e abriga a mais antiga capela da cidade, além de ter sido palco de pouso de tropas que marchavam à Guerra do Paraguai.

Segundo informações oficiais públicas, a “Antiga Rua da Pinga”, também na atual Rua Santa Cruz, era o lugar em que havia concentração de botequins e tavernas, que eram frequentados por “tropeiros, viajantes, comboieiros de escravos e moradores em busca de bebida, festas e ‘fandangos’”.

Outro ponto histórico importante da região fica no atual Centro de Convivência Cultural de Campinas, popularmente chamado de “Centro de Convivência” do Cambuí. O espaço foi projetado pelo arquiteto Fábio Penteado e inaugurado em 1976. É por lá que acontecem as “Feiras Hippies”, uma comunidade que está presente na cidade desde a década de 70.

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Como Roberto afirmou: “Muita coisa mudou”. Atualmente, o bairro do Cambuí oferece opções vastas para quem gosta da vida noturna, com diversas opções de restaurantes renomados, bares tradicionais e lanchonetes para todos os gostos. 

Ernani Pedretti mora no bairro há quase 30 anos. No edifício Camaçari, ele também já testemunhou algumas mudanças na região. No início, ainda nos meados da década de 90, a impressão dele do bairro era negativa.

“Confesso que [a impressão] não foi das melhores no tocante a matricular minhas filhas nas escolas. Todas estavam sem vagas”,. 

afirma.

Por outro lado, uma de suas filhas, a Priscila, surpreendeu quando, nos primeiros anos no bairro, disse que preferia Campinas do que São Paulo, lugar que moravam antes da mudança. “É que aqui a natureza não morre… Ela disse se referindo às árvores da Avenida Silva Teles. E isso é uma resposta de uma menina de 5 anos”.

Confira cada uma das matérias e conheça algumas personalidades deste antigo bairro de Campinas:

TRADIÇÃO E MODERNIDADE EM UM ANTIGO BAIRRO DE CAMPINAS

  1. Largo de Santa Cruz: conheça histórias que já passaram pela antiga praça do Cambuí

Há uma praça no coração do bairro Cambuí, em Campinas. Ela é espaçosa, há muitas árvores, uma academia da terceira idade, um parquinho para as crianças, painéis informativos sobre a história do lugar e, também, uma capela. A Praça 15 de Novembro, conhecida popularmente como Largo da Santa Cruz, é um dos pontos mais antigos de Campinas.

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  1. Um sapateiro que conserva as origens no Cambuí; Conheça o “Mago dos Pés”

O “Mago dos Pés”. É dessa maneira que Francisco de Assis ficou conhecido em sua sapataria na Rua Major Solon, no Cambuí, em Campinas. O estabelecimento é antigo, existe há, pelo menos, 22 anos. Fica em uma esquina e exibe uma vidraça com diversos modelos de sapatos.

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  1. Cambuí: conheça histórias de moradores e comerciantes do tradicional bairro de Campinas

Tem um bar no Cambuí, em Campinas, que soma mais de 60 anos de história. Na Avenida Júlio de Mesquita, o City Bar tem orgulho em dizer que possui o “melhor bacalhau do mundo” e já assistiu a inúmeras transformações no bairro.

“Olha, esse bar foi fundado por um pessoal que ficou por uns quatro anos e eu sou o quarto dono”, quem explica é José dos Santos, um português que encontrou no Brasil uma oportunidade de fazer história. “De quem eu comprei, a pessoa já tinha 30 anos de negócio e eu também já estou com 30”. Assim, em julho de 1958, nasceu o lugar.

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  1. Descubra a relação entre a Turma da Mônica e o bairro do Cambuí, em Campinas

“Eu me baseei no bairro do Cambuí, em Campinas”, essa é a famosa afirmação de um dos quadrinistas mais famosos do Brasil, Maurício de Sousa, sobre a inspiração para a criação do Bairro do Limoeiro.

O criador da “Turma da Mônica” se mudou para Campinas em meados da década de 70, lugar que permaneceu durante dois anos. Na época, Maurício ficou viúvo de sua segunda esposa, Vera Lúcia Signorelli, e precisou encontrar um lugar que pudesse ter alguma ajuda. Como tinha alguns familiares em Campinas, para cá mudou-se mudou.

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  1. Feira Hippie em Campinas: confira histórias desta Feira no Cambuí

Havia uma sequência impressionante de quadros pintados ao longo de um pedacinho da imensa Praça Imprensa Fluminense, no Cambuí, em Campinas. Os quadros mostravam festa, eles mostravam paisagens e muitos instrumentos. De certa maneira, as obras feitas pelo artista plástico Nelson Theodoro traduziam um pouco da essência da famosa “Feira Hippie”.

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Projeto Vozes da Nossa Gente

Essa matéria faz parte do projeto multiplataforma “Vozes da Nossa Gente” do portal ACidade ON Campinas. O projeto destaca o jornalismo hiperlocal e busca uma maior conexão com a comunidade.

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Anthony Souza
Anthony Souza
É jornalista e analista de Mídias Digitais Jr. do Grupo EP. Tem experiência com reportagens multimídia e produção de web documentário. É formado em jornalismo pela Universidade Federal do Pampa (Unipampa) e tem afinidade com produção e edição de conteúdo para as redes sociais. Está no grupo desde 2022.
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