Em alerta devido à epidemia da doença desde o ano passado, a Prefeitura de Campinas confirmou o registro de 2.124 moradores infectados nos primeiros 38 dias de 2024 e divulgou os cinco bairros com mais pessoas com dengue até o momento. Juntos, os locais somam 25% do total de diagnósticos:
Jardim Eulina: 229 casos
Centro: 88 casos
Vila 31 de Março: 82 casos
Taquaral: 78 casos
Parque São Quirino: 70 casos
Total dos cinco bairros: 547 casos
Até o momento, nenhuma morte pela dengue foi confirmada, mas a confirmação da circulação simultânea de três sorotipos da doença preocupa o Devisa (Departamento de Vigilância em Saúde) devido ao aumento do risco de casos graves de saúde. Em 2023, a cidade teve 11.265 infectados e três óbitos.
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Carnaval pode resultar em mais pessoas com dengue
Para a diretora do Devisa, Andrea von Zuben, a situação atual é grave porque as condições climáticas desde outubro do ano passado estão favoráveis para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. “Quanto mais quente, mais mosquito. Quanto mais mosquito, mais casos”, explica Andrea.
Além disso, a chegada do Carnaval pode fazer com que o tipo 4, que atualmente não circula em Campinas, se some aos outros três vírus da doença na cidade.
“Classicamente, em Campinas, a nossa série histórica de 20 anos indica que os piores meses são março, abril e maio. Com a antecipação do Carnaval, isso piora demais, porque as pessoas vão e trazem novos sorotipos. Por exemplo, o 4 está lá no Rio de Janeiro. É uma situação realmente preocupante”, alega von Zuben.
Temor de impacto no sistema de saúde
Por conta da preocupação, a Prefeitura de Campinas reuniu empresários, comerciantes e líderes religiosos e comunitários no Salão Vermelho do Paço Municipal. A intenção do evento foi divulgar as medidas e fazer apelos para que a população redobre atenção, já que 75% dos criadouros ficam dentro das casas.
Além de pedir para que os moradores olhem quintais e locais que podem servir para a proliferação dos insetos, o prefeito de Campinas, Dário Saadi (Republicanos) também alerta para a importância de receber os agentes de saúde nos imóveis. Atualmente, o município realiza uma série de mutirões.
Segundo ele, o principal temor, no entanto, é que o aumento de casos cause impacto no sistema de saúde. “Os casos estão muito altos e há uma preocupação da explosão dos casos entre duas e três semanas após o Carnaval”, alerta ele.
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