13 de março de 2025
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Tudo Saúde

Ovos de tênia emagrecem?

Mulheres têm feito da ingestão de ovos de tênia, com o objetivo de perder peso; entenda os perigos da prática

Mulheres têm feito da ingestão de ovos de tênia, com o objetivo de perder peso. (Foto: Reprodução/Freepik)

Na semana passada, médicos americanos fizeram um alerta sobre casos de pessoas que têm ingerido deliberadamente pílulas com ovos de tênia, com o objetivo de perder peso. A prática remonta aos anos 1900, mas ainda que não seja nova, tem viralizado nos últimos dias com relatos de mulheres, que teriam adquirido os ovos na deep web. 

A tênia é um parasita e a ideia por trás do consumo de seus ovos é que, após a eclosão no intestino, ela cresça e ingira os alimentos consumidos pelo indivíduo. Isso resultaria em uma redução da absorção dos nutrientes pelo corpo e, consequentemente, da formação de gordura. 

Ovos de tênia emagrecem?

Não existem evidências científicas que atestem a eficácia do consumo de ovos de tênia no emagrecimento. Pelo contrário, os registros apontam para os graves riscos do parasita à saúde. 

Acontece que a tênia adulta, capaz de chegar a até 25 metros, pode causar uma infecção no intestino, a chamada teníase, que tem entre seus sintomas vômitos, diarreias, dores abdominais, náuseas, febres, entre outros sintomas. Além disso, uma vez que o parasita consome os nutrientes presentes no corpo, ele deixa o indivíduo fraco e vulnerável ao desenvolvimento de outras doenças. 

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Mas o principal risco consiste na cisticercose, quando os ovos de tênia liberam larvas envoltas em um cisto, que entra na corrente sanguínea migrando pelo corpo até chegar a outros tecidos, onde se instalam e causam lesões. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a cisticercose “pode resultar em efeitos devastadores para a saúde humana”.

“As larvas (cisticercos) podem se desenvolver nos músculos, na pele, nos olhos e no sistema nervoso central. Quando os cistos se desenvolvem no cérebro, a condição é chamada de neurocisticercose (NCC). Os sintomas incluem dor de cabeça intensa, cegueira, convulsões e ataques epilépticos e podem ser fatais”,

afirma o órgão.

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Larissa de Morais
Formada pela Universidade São Francisco, é repórter no Tudo EP | ACidade ON, site de entretenimento da EPTV, onde também foi assistente de mídias digitais e estagiária de jornalismo. Com passagem por sites de entretenimento e jornalismo independente, tem experiência em redação de material jornalístico para editorias de diferentes segmentos de hard e soft news e em produção de conteúdo para a internet.
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