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BairrosJardim Monte Cristo: uma comunidade repleta de histórias em Campinas

Jardim Monte Cristo: uma comunidade repleta de histórias em Campinas

Entre lutas e conquistas, moradores do Jardim Monte Cristo, no Complexo OMG (Pq. Oziel, Jd. Monte Cristo e Gleba B) buscam por uma identidade

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Logo atrás do Shopping Campinas, bem rente à movimentada Rodovia Santos Dumont, há uma comunidade de moradores. O Jardim Monte Cristo existe desde 1997, mas as primeiras pessoas chegaram alguns meses antes. “Na verdade, no começo, a gente não sabia nem o que era uma ocupação”, quem diz é a atual representante da Associação de Moradores do Jd. Monte Cristo, Maria das Graças, também conhecida como Baiana. “Eu e meus três filhos morávamos em uma casa alugada no Jardim Chapadão. Como mãe solo, tinha que arcar com todas as despesas da casa, e teve um dia que não tinha mais condições de pagar o aluguel, então fomos despejados”. Em uma terra descampada e, até então, sem nenhuma construção, alguns encontraram, como Dona Graça, uma oportunidade de moradia.

Para entender a comunidade atualmente, é preciso fazer uma viagem ao passado. De acordo com um levantamento feito pelo blog “Parque Oziel”, entre 1995 a 2002, na época do então presidente da República Fernando Henrique Cardoso, houve a chegada dos primeiros moradores, ocasionada por uma onda de desemprego no país. O fenômeno econômico atingiu o interior do país e, entre tantas outras cidades, os moradores de Campinas foram afetados. 

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Segundo alguns habitantes, a principal questão da luta na região do Complexo OMG (Parque Oziel, Jardim Monte Cristo e Gleba B) sempre foi relacionada à moradia. E, nas últimas duas décadas, o tema foi recorrente dentro e fora da comunidade. O ano era 2004, sete anos após a chegada das primeiras pessoas ao território, quando o jornal Folha de São Paulo publicou uma matéria com algumas informações sobre a região. No texto: “Moradores “Proíbem ocupações”, há uma informação importante: na época, estimou-se que havia, pelo menos, 25 mil pessoas vivendo por lá. Em outros levantamentos da mesma época, estimou-se que esse número poderia chegar a 30 mil, o que representava mais de 6.600 famílias na região.

O texto redigido por Carolina Farias também explicava que o fenômeno assistido em Campinas tratava-se das maiores ocupações promovidas pelo MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), que é um braço urbano do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra). Durante muitos anos – e mesmo nos dias atuais -, a região das ocupações naquele pedaço da metrópole foi classificada como a maior ocupação da América Latina.

“O MST fazia a organização dessas ocupações. Na verdade, eles iniciavam, mas não ficavam no local e aí a minha mãe veio a convite de uma amiga”, explica Mariana Costa, filha de Dona Graça.

“A minha mãe nunca foi de movimento e veio com a cara e coragem”,

afirma.

A “luta”, no qual se refere Mary, como é conhecida, também pode ser entendida pelo alcance à dignidade, não apenas de moradia, mas, também, de saneamento básico, de saúde e de bem-estar social. Uma luta que durou os 26 anos de existência do território e continua persistindo. “Não tinha água, não tinha iluminação, a minha mãe morava em um barraco de lona”. Atualmente, sobretudo, há também uma luta por uma identidade.

Dona Graça explicou que o poder público ainda não distingue certamente os três bairros e que algumas placas e sinalizações acabam registrando nomes de outros lugares que não são, necessariamente, o Jardim Monte Cristo. “Uma placa foi colocada há pouco tempo. E está escrito: ‘entrada Oziel’, quando, na verdade, é Jardim Monte Cristo”.

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A Prefeitura, por outro lado, confirma: “Por se tratar de área de invasão, não há distinção física entre Oziel, Jardim Monte Cristo e “Gleba B”, por exemplo”. Desde modo, no sentido jurídico, o Jardim Monte Cristo não pode ainda ser classificado como um bairro. 

Atualmente, há uma estimativa de mais de 100 mil moradores no Complexo OMG, em uma área de 1,6 milhão de m². Uma região grande, de população numerosa, que concentra inúmeras histórias.

Confira cada um dos textos abaixo e entenda um pouco sobre a complexa, mas importante, reivindicação por mais identidade e infraestrutura no Jardim Monte Cristo, em Campinas.

  1. Arte no Jardim Monte Cristo: Conheça as expressões artísticas no bairro de Campinas

No Jardim Monte Cristo, no Complexo OMG (Oziel, Monte Cristo e Gleba B), em Campinas, ocorre um fenômeno artístico bastante interessante. “Você sabia que aqui acontecem saraus artísticos aqui neste bar?”, perguntou a curadora de arte Andrea Aparecida. 

A especialista referiu-se ao “Sarau Ocupação”, que ocorre, de vez em vez, no “Bar da Rosinha”, pertencente à mãe, Balbina de Jesus. De acordo com ela, o Sarau é importante, pois o bairro carece de opções públicas que fomentem a arte. “Não existe, por exemplo, no bairro, uma biblioteca pública. Não existe um espaço público que possa ser desenvolvido algum tipo de arte”, explica. Por isso, outros lugares do território são, constantemente, utilizados para promover alguma expressão: como o bar de Rosinha.

(Leia a matéria completa aqui)

  1. Jardim Monte Cristo: Conheça histórias de alguns moradores do bairro

Balbina de Jesus Mendes, ou, como é carinhosamente chamada no Jardim Monte Cristo, em Campinas, Rosinha, tem boas recordações do bairro. Na comunidade, ela está desde setembro de 1997 e, desde essa época, ela cultivou um desejo de empreender um negócio próprio. Atualmente, ela é referência. “Aqui é o bar da Rosinha”, diz com muito orgulho e um sorriso de quem sabe que batalhou muito para alcançar uma merecida credibilidade.

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  1. Jardim Monte Cristo: Conheça histórias de alguns comerciantes do bairro

“Eu tenho uma farmácia no Jardim Monte Cristo há 22 anos”, quem diz é Leandro Luís de Lima que, junto ao seu negócio, já assistiu a grandes transformações no Complexo OMG (Parque Oziel, Jardim Monte Cristo e Gleba B), em Campinas. Leandro não é morador no bairro, mas, no passado, por conta do convite de um amigo, ele encontrou uma oportunidade de prosperar no lugar.

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  1. Sementes do Amanhã: conheça a importância de centros educacionais no Jardim Monte Cristo

“Em 2019, começamos com apenas uma criança matriculada”, quem afirma é Mariana Silva, diretora do IESA (Instituto Educacional Sementes do Amanhã), que fica no Jardim Monte Cristo, em Campinas. “Atualmente, temos 63 crianças matriculadas em período integral. Estamos com um planejamento para expandir para 78 no próximo ano”.

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  1. Moradores do Jardim Monte Cristo, em Campinas, fazem reivindicações; confira

“Aqui é área de lazer que falta”, quem diz é a empreendedora Balbina de Jesus, que reconhece a deficiência no Jardim Monte Cristo, em Campinas. A comerciante não é a única moradora que questiona a falta de praças e parques no bairro. Atualmente, o Complexo OMG (Oziel, Monte Cristo e Gleba B) conta com um território de 1,6 milhão de m², cerca de 100 mil habitantes e poucos espaços públicos para atividades.

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Projeto Vozes da Nossa Gente

Essa matéria faz parte do projeto multiplataforma “Vozes da Nossa Gente” do portal ACidade ON Campinas. O projeto destaca o jornalismo hiperlocal e busca uma maior conexão com a comunidade.

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Anthony Souza
Anthony Souza
É jornalista e analista de Mídias Digitais Jr. do Grupo EP. Tem experiência com reportagens multimídia e produção de web documentário. É formado em jornalismo pela Universidade Federal do Pampa (Unipampa) e tem afinidade com produção e edição de conteúdo para as redes sociais. Está no grupo desde 2022.
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