
A Secretaria de Cultura confirmou, na tarde desta sexta-feira (5), que o maestro Victor Hugo Toro está deixando o cargo de regente titular e diretor artístico da Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas. Ainda não há definição de um novo nome.
"Agradeci o convite do prefeito Dário para continuar mais quatro anos, mas decidi declinar deste convite e esta será minha última temporada no cargo", disse.
Nascido em Santiago do Chile, graduou-se na Universidade do Chile e venceu o II Concurso Internacional de Regência Orquestral da Osesp. Foi escolhido um dos 100 jovens líderes do Chile, pelo jornal El Mercurio, e homenageado pela Câmara Municipal de São Paulo. Foi Regente Principal da Orquestra Sinfônica do Sodre, no Uruguai, e Regente Residente da Companhia Brasileira de Ópera.
Victor Hugo Toro foi anunciado para o cargo em 2011. "Este ano completo dez anos no cargo e isto não é tão comum. Isso me deixa feliz, porque mostra que meu trabalho foi reconhecido", continuou.
A secretária de Cultura, Sandra Ciocci, explicou que o trabalho de transição para a chegada de um novo regente está sendo feito. "É uma lista tríplice, feita pelos músicos. Depois que a lista for finalizada, ela vai ao prefeito que fará a escolha", disse.
Atualmente, a Orquestra trabalha na homenagem dos 100 anos de nascimento do compositor Zé Keti com a gravação do clássico "Máscara negra". Será produzido um vídeo que contará com a participação de músicos da Big Band do Instituto Anelo, de integrantes das baterias das escolas de samba de Campinas e de um cantor convidado.
A ORQUESTRA
A Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas foi a primeira instituição do gênero a surgir em uma cidade brasileira fora de capital de Estado. Documentos de 1929 comprovam que a Sinfônica de Campinas foi criada, formalmente, em 6 de outubro daquele ano, como Sociedade Symphonica Campineira.
Esses dados tornam a Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas uma das mais antigas do País em atividade. O concerto de estreia foi no dia 15 de novembro de 1929, sob regência do maestro Salvador Bove. Desde então, a Orquestra encanta o público com obras de grandes compositores e privilegia o trabalho de artistas regionais. Em 1965, a instituição passou a ser mantida pela Prefeitura de Campinas.